Ele: E o Ricardo?
Ela: O que ele tem?Ele: Me falaram que você já ficou com ele.
Ela: Já... foi no começo do ano passado, isso não muda nada.
Ele: Muda sim... e o Pedro? Marcelo? Matheus? Isso muda tudo. E irá alterar muitas coisas que iriam acontecer em nosso relacionamento.
Ela: o que você quer dizer com isso? Mas isso aconteceu já faz muito tempo.Ele: Aconteceu... Mais eles me falaram muitas coisas sobre você!
Ela: O que falaram?
Ele: Eles já se aproveitaram de você. E me falaram que você se apega muito fácil nos outros, e não sabe a hora de parar. Faz drama, se eu não quiser mais ficar contigo, você vai chorar feito louca? Vai emplorar pra mim ficar? Vai me perceguir?
Ela: Eu vou chorar sim. Mais você não precisa presenciar quando eu sofrer, eu aprendi já e – ele a interrompe.
Ele: Isso não muda nada. Isso que eles disseram sobre você é verdade?
Ela: - silêncio – É.
Ele: Então é melhor eu partir agora. Não quero ser perceguido.
Ela: Não, por favor.
Ele: Tá vendo? Você não mudou nada.
Ela: Mudei sim!
Ele: Onde você mudou?
Ela: Se você quiser partir, vá. Vou sofrer sim, mas eu vou te esquecer – ela terminou de dizer e deus as costas para o rapaz se afastando.
Um mês se passou e o rapaz ficou sozinho, sem se relacionar com ninguém, ele sentia muita falta do abraço da menina, sentia falta das suas palavras, da sua voz, do seu carinho, ele resolveu a procura-la, saiu de sua casa e foi na casa da menina. Chegando lá ele apertou a campainha e a mãe da menina que a atendeu.
Mãe da menina: Ah, oi! Quanto tempo...
Ele: É verdade, quanto tempo, a Ana tá ai?
Mãe da menina: Não, ela mudou de cidade.
Ele: Pra que cidade?
Mãe da menina: Angra dos Reis.
Ele: Ah, obrigada.
Se passaram mais dois meses, o menino todo dia mandava mensagem para a garota, ligava, mais ela nunca atendia, e nunca retornava as ligações e mensagens. Cansado de ficar sozinho, resolveu se relacionar finalmente com uma menina, o nome dela era Karol, mais o único problema é que quando ele beijava Karol, apenas a face da Ana aparecia em sua mente , ele só sentia o cheiro de Ana, e o pior pra poder ficar sempre com Ana na cabeça, ele dava os mesmos perfumes que Ana usava pra Karol usar, e isso mantia Ana mais ainda em sua cabeça. Até que certo dia os dois estavam deitados debaixo de uma árvore numa tarde cinzenta, e como sempre, ele só pensava em Ana enquanto estava com Karol. Karol: Amor...
Ele: O que?
Karol: Você me ama?
Ele: - silêncio - ... Não.
Karol: Quem você ama?
Ele: Ana...
Karol: E porque está comigo? Porque não vai atrás de quem você ama?
Ele: Porque está me disendo isso?
Karol: Eu sou a ex melhor amiga da Ana, eu conheço os perfumes dela, as roupas que ela usava, e eu ando reparando isso em você, você só me dá os perfumes que ela usava, e só dá coisas pra mim que a Ana tem, ou tinha. Não sei se você sabe, mais você fala dormindo.
Ele: Como você sabe disso?
Karol: No dia que você dormiu na minha casa eu reparei que você chama o nome dela a noite inteira. Para de ficar se iludindo com outra, vá atrás dela, antes que seja tarde demais.
Ele: Obrigada, Karol. Me perdoa por ter feito isso contigo.
Karol: Não precisa se desculpar, agora vá.
Ele todo encorajado, se levanta e sai correndo do bosque onde ele estava, e vai direto para sua casa fazer as malas, depois de prontas, ele vai para o aeroporto e exige uma passagem de avião pra Angra dos Reis, mais infelizmente só tinha passagens para o dia seguinte, ele compra e volta pra sua casa, entristecido. Ao chegar em sua casa seu telefone toca e ele atende.
Ele: Alô?
Karol: Só tem passagem pra amanhã né?
Ele: Ah, oi Karol. É.
Karol: Eu comprei a última de hoje de um menino da minha rua, você quer?
Ele: Muito obrigada Karol, quero sim, eu te pago e – ela o interrompe.
Karol: Não precisa pagar nada! Venha logo – ela desliga.
Ele sai de sua casa com as malas desesperado e vai pra casa de Karol, chegando lá ela entrega a passagemde avião e ele vai novamente pro aeroporto, afinal, o avião estava quase prestes a sair da cidade, quando ele chegou no aeroporto, todos já estavam embarcando, ele embarcou e lá se foi pra Angra dos Reis.
A viagem foi longa e tediosa, mais o pior era a ansiedade que o tomava por enteiro, quando finalmente o avião pousou, o menino desceu de lá meio perdido, afinal, nunca tinha ido pra essa cidade, ele resolveu comprar um mapa da cidadefoi até uma lojinha estranha e por sorte conseguiu comprar, e ainda fazer uma ligação para a mãe da menina e pede o endereço de Ana, com o endereço marcado no papél ele vai pra casa de Ana que por sorte é perto do aeroporto de lá, chegando na casa ele aperta a campainha e se decepsiona quando um rapaz atende.
XXX: Oi?
Ele: Aqui é a casa da Ana?
XXX: Ana??? Ah, a nova visinha, não rapaz, é aqui do lado – o cara diz e aponta a casa ao lado.
Ele: Muito obrigada.
XXX: Denada.
O menino aperta a campainha da outra casa e Ana sai.
Ela: O que você está fazendo aqui?
Ele: Ana... que saudades – ele a abraça – você não sabe como sinto sua falta e...
Ela: Isso não muda nada.
Ele: O que? Você não me ama mais?
XXX: Amor, quem tá ai? – uma voz masculina grita de dentro da casa, Ana olha pra tras e grita.
Ela: Um colega, amor...
XXX: Hmm. Manda ele entrar.
Ele: Você está namorando?
Ela: Me casei.
Ele: O-o que? Como? Você não me ama mais?
Ela: Não, te esqueci.
Ele: Mais eu nunca te esqueci, e...
Ela: E a Karol? E a Pietra? A Daniela? A Fernanda? A Priscila? Não tirou mais a virgindade de ninguém? Ah... Claro, a Bruna também né? Eu sabia de cada coisa de você e nunca me importei, porque te amava, agora, sinto muito, pra mim, você não é nada pra mim, NADA! – ela disse e fechou a porta, e o deixou lá sozinho.
Pensando no erro que havia cometido, em dar ouvido aos amigos nos tempos em que ela o amava, e ele apenas a iludia, infelizmente, já não havia tempo para os dois!