terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.


E não sei o que sinto,não sei o que quero sentir,não sei o que penso nem o que sou,verifico que,tantas vezes alegre,tantas vezes contente,estou sempre triste.
Perguntei-me quanto tempo aquilo ia durar. Talvez algum dia, anos mais tarde - se a dor diminuísse a um ponto que eu pudesse suportar -, eu fosse capaz de olhar o passado, aqueles poucos meses que sempre serias os melhores de minha vida. E, se fosse possível que a dor se atenuasse o suficiente para me permitir isso, eu tinha certeza de que me sentiria grata pelo tanto que ele me dera. Fora mais do que eu pedira, mais do que eu merecia. Talvez um dia eu conseguisse ver os fatos desse modo.

Mas e se esse buraco jamais melhorasse? Se as bordas feridas nunca se curassem? Se os danos fossem permanentes e invertíveis?
Eu não conseguia imaginar que eu seria capaz de amá-lo mais do que eu amava.

Minha antiga mente não era capaz de suportar todo esse amor.

Meu coração antigo não era forte o suficiente para aguentar isso.

 Eu tive medo que minha mente fosse como uma peneira, e que algum dia eu não lembrasse mais a cor exata dos seus olhos, a sensação do toque da pele fria dele, ou da textura da voz dele. Eu podia não pensar nisso, mas eu precisava me lembrar disso. Porque só havia uma coisa na qual eu precisava acreditar pra ser capaz de viver - eu precisava saber que ele existia. Isso era tudo. Tudo mais podia ser suportado. Contanto que ele existisse. '